A estiagem no país, sobretudo na região sul que afetou o pasto do gado e comprometeu a produção, além da greve dos caminhoneiros, reduziu a oferta de leite no varejo e o preço subiu.
A paralisação dos caminhões obrigou o descarte de grandes quantidades de leite que não podiam ser armazenadas à espera de um desfecho, levando a uma forte alta dos preços em junho.
Segundo pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), só em junho, o leite tipo A subiu 0,94%; o tipo B aumentou 0,90%; e o leite tipo C ficou 1,53% mais caro que em maio.
Para o produtor, o preço líquido em junho subiu,3,3%, de acordo com pesquisa de preços realizada pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da Esalq/Usp.
O preço do leite para a indústria subiu novamente em julho no mercado catarinense, com alta projetada de 5,3% no mês pelo Conselho Paritário Produtor/Indústrias de Leite do Estado de Santa Catarina.
A expectativa do mercado é de a situação continuar com esse padrão de aumento até setembro, quando se espera a produção de leite volte ao normal.