Um estudo feito por pesquisadores da Universidade Harvard e apresentado no mês passado na publicação científica Heart aumenta as evidências de que o consumo moderado de chocolate é benéfico ao coração, reduzindo os riscos de fibrilação atrial (FA) – batimento cardíaco irregular que está associado a um maior risco de acidente vascular cerebral, particularmente em idosos.
Para os amantes de chocolate é uma ótima notícia. Qualquer tipo de chocolate vale, mas quanto mais amargo, melhores serão os benefícios.
Um total de 55,5 mil homens e mulheres participaram do estudo e foram considerados estilo de vida e as condições de saúde dos participantes, como índice de massa corporal, a pressão arterial e o nível de colesterol, medidos no momento em que foram recrutados, entre dezembro de 1993 e maio de 1997.
Ao longo do estudo, que durou 13,5 anos, foram detectados 3,3 mil casos de fibrilação atrial.
EFEITOS
Os resultados mostraram que os participantes que consumiram 30 gramas de chocolate entre uma e três vezes por mês tiveram taxa de fibrilação arterial 10% menor, já o consumo uma vez por semana reduziu em 17% essa taxa, e os que comeram de duas a seis porções por semana tiveram uma taxa 20% menor. O benefício se estabilizou com maiores quantidades de consumo de chocolate, com taxas 16% menores.
ALERTA
“Apesar do fato de que a maioria do chocolate consumido pelos participantes do estudo provavelmente teve concentrações relativamente baixas de ingredientes potencialmente protetores, ainda observamos uma associação significativa entre comer chocolate e um menor risco de FA, sugerindo que mesmo pequenas quantidades de consumo de cacau podem ter um impacto positivo na saúde”, disse a professora de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública de Harvard, Elizabeth Mostofsky.
“Comer quantidades excessivas de chocolate não é recomendado porque muitos produtos são ricos em açúcar e gordura e podem levar a ganho de peso e outros problemas metabólicos, mas a ingestão moderada de chocolate com alto teor de cacau pode ser uma escolha saudável”, completou a professora.