Carne fraca Ministério cancela SIF de dois frigoríficos

Foram analisadas 302 amostras de 21 unidades de processamento envolvidas na operação Carne Fraca.

Concluídas as análises realizadas pelas equipes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em produtos das 21 empresas envolvidas na operação Carne Fraca, a pasta informou o cancelamento do SIF (Selo de Inspeção Federal) de dois frigoríficos. Do Peccin, dono da marca Italli foram anulados os SIFs 825 e 2155.

Da Central de Carnes Paranaense foi cancelado o SIF 3796. De acordo com o ministério, a fiscalização será intensificada e antecipado o calendário de auditorias. Estariam em curso fiscalizações em Pernambuco, Bahia, Tocantins, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo e as equipes farão rodízio, com troca de posições e mesmo possíveis substituições de superintendentes, diz o governo.

EMPRESAS: ANÁLISE

No processo que envolveu as 21 empresas foram recolhidas 302 amostras de diferentes produtos, sendo que oito tiveram problemas capazes de afetar a saúde pública, informou o ministério. Sete delas eram amostras de hambúrgueres nas quais foi constatada a presença de Salmonella.

Os hambúrgueres foram produzidos pelo frigorífico Transmeat (SIF 4644), que mantém a marca Novilho Nobre. Segundo o ministério, essa linha de produção foi fechada e os produtos recolhidos serão destruídos sob a supervisão de técnicos do Mapa. O oitavo caso foi a constatação da bactéria Estafilococus Coagulas na linguiça cozida do frigorífico FrigoSantos (SIF 2021). Os produtos foram recolhidos e a linha interditada.

Outras 31 amostras apresentaram problemas de ordem econômica, que não afetam a saúde, como o uso de amido em excesso na produção de salsicha ou quantidade de água no frango além da permitida. Em embutidos do frigorífico Souza Ramos, de Colombo (PR), foram encontrados ácido sórbico, conservante proibido em salsichas e linguiças.

Foi comprovado ainda excesso de amido em salsichas produzidas pelo frigorífico Peccin, de Curitiba (PR) e de Jaraguá do Sul (SC). E foi constatado o excesso de água nos frangos processados na unidade da de Mineiros (GO), da BRF, fabricante das marcas Sadia e Perdigão, e na Frango D M Indústria e Comércio, de Arapongas (PR).