Pinhão ganha mercado na culinária brasileira
Pesquisadores do Paraná buscam novas variedades de araucária para preservar a produção e ações incluem até concurso para premiar a maior pinha. […]
Especialista da Universidade Federal do Paraná dá dicas para preservar e preparar a semente da araucária; confira também os descascadores que facilitam o trabalho.
Você está entre os apaixonados por pinhão que sentem falta da semente quando a safra termina? A professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), especialista da área de segurança alimentar, Maria Lúcia Masson dá algumas orientações para quem quer ter o produto à mão por um tempo maior. Segundo estudos desenvolvidos até agora, a melhor forma de conservar o pinhão é colocar em uma bolsa plástica bem fechada e guardar a uma temperatura de 1 grau Celsius, mais ou menos a que encontramos no congelador das geladeiras que não têm o freezer separado, ou na parte mais fria do refrigerador. É o método mais adequado para preservar textura e sabor, minimizando a perda de umidade que ocorre quando armazenado a baixas temperaturas.
O pinhão também pode ser congelado, mas nesse caso, a especialista recomenda que seja guardado cozido e sem a casca para evitar que a casca passe qualquer sabor para o pinhão. Em qualquer uma das formas de armazenamento, Maria Lúcia recomenda o uso em prazo de seis meses.
Uma alternativa para garantir a disponibilidade do produto por mais tempo é fazer uma conserva caseira salgada ou doce.
Na conserva salgada, o pinhão cozido pode ser colocado em um vidro que tenha tampa, preenchendo, no mínimo, 60% do volume, e o restante deve ser completado com mistura de água, sal e um ácido, em casa se usa muito o vinagre, para que o ph fique em 4,5%. O ácido lático também é uma opção e não confere sabor ao alimento.
O vidro não deve ser cheio até a borda, deve-se deixar alguns milímetros de sobra. Depois cozinhe em banho-maria por dez minutos, contando a partir do momento que começar a ferver. Desligue o fogo e feche o vidro imediatamente, até esfriar. Quando for aberto, deve-se perceber o vácuo formado, assim como quando se abre um vidro de palmito, o que indica que o tratamento térmico foi bem-sucedido.
É possível também fazer conservas doces com uma calda de açúcar.
Antes de cozinhar, ou ainda assar o pinhão, é preciso lavar em água corrente e, para eliminar os que não estão bons, coloque-os em uma bacia com bastante água, os que boiarem não estão em boas condições para consumo.
O pinhão para consumo imediato também pode ser preparado na chapa ou no forno, virando de um lado para o outro até começar a escurecer. Neste caso, orienta Maria Lúcia, é preciso experimentar para adequar o tempo de preparo ao gosto do consumidor, mas é necessário atenção, se queimar muito pode ficar amargo.
Agora se o desafio é descascar os pinhões, há no mercado algumas alternativas de acessórios para facilitar essa tarefa, alguns semelhantes ao quebra-nozes. O MeuCardápio apresenta algumas delas:
Mundo do Militar: produto artesanal, feito em madeira com uma faca no centro. Preço Sugerido: R$ 17,99.
Pinholino: feito em alumínio injetado e polido, coloca-se o pinhão ainda quente, aperta e a semente é liberada. Preço sugerido R$ 50,00.
Scain: um descascador robusto, feito em aço com estrutura epóxi, que pode ser fixado em uma mesa e o pinhão é descascado girando uma manivela. Preço sugerido: R$ 130,00.