Da fermentação do caldo de cana-de-açúcar é extraído o ácido acético, que combina o sabor ácido do tempero com o doce característico da planta.
A mais nova variedade de vinagre é brasileira e deriva de uma receita antiga da família Flach, dona da empresa Flach Alimentos Naturais, que transformou a fórmula caseira em produto sofisticado para disputar participação de mercado com o vinagre de maçã natural e orgânico muito usado por quem busca alimentação saudável.
Engenheiro químico, Michel Vinicius Flach conta que trabalhou por cinco anos junto com o pai para desenvolver o modelo de produção que permitiu lançar o produto há cerca de um ano, e para o qual solicitou patente no Brasil e nos Estados Unidos.
“É complexo controlar o processo de modo a manter os compostos inalterados e sem usar aditivos químicos”, reforça o executivo que comanda a parte industrial da empresa familiar, instalada em Bom Princípio, cidade do interior gaúcho com 15 mil habitantes. É de lá que vem a cana-de-açúcar empregada no preparo do vinagre, fornecida por pequenos agricultores.
Em outubro, a Flach anunciou a versão orgânica do produto, comercializado em garrafas de vidro. Mais recentemente lançou a versão do vinagre natural e orgânico de caldo de cana em garrafas de plástico com rótulos coloridos que chegam mais em conta ao mercado, variando de R$ 10 a R$ 15 por embalagem de 510 ml para o consumidor final. A garrafa de vidro custa de R$ 20 a R$ 25.
Para divulgar o produto, a Flach aborda os benefícios desse tipo de vinagre para a saúde, e não o sabor. Segundo a empresa, o vinagre contém antioxidantes que combatem os radicais livres e fortalecem o sistema imunológico.
Sobre volume de produção, Michel não fala. Diz que começou com uma vinagreira há um ano, e hoje são 12, com previsão de colocar mais três vinagreiras em produção a partir de junho.
Pela primeira vez, a empresa participou da Apas Show, realizada em São Paulo na semana passada, dentro do estande do Sebrae do Rio Grande do Sul.