As ações contra o desperdício de alimentos que podem suprir a necessidade de milhares de brasileiros se multiplicam pelo país, tanto por iniciativas públicas quanto privadas como a da Organização Não Governamental Banco de Alimentos. Fundada em 1988, a ONG atende hoje, regularmente, 42 instituições cadastradas e 22 mil pessoas por mês, além de fazer doações eventuais quando obtém volumes que permitam, informa a nutricionista da ONG, Jéssica Lima.
O trabalho de coleta urbana é feito na capital paulista e região metropolitana, diariamente. Frutas, verduras e legumes são recolhidos em doadores como supermercados e hortifrutis e entregues diretamente nas instituições, a não ser eventualmente em casos de não perecíveis que precisam ficar guardados por algum tempo, esclarece Jéssica.
A equipe de coleta, os doadores e os cozinheiros e ajudantes de cozinha das instituições são orientados para identificar quando o produto não está próprio para o consumo e deve ser descartado. São recolhidas entre 40 e 50 toneladas por mês de alimentos próprios para o consumo.
Além da coleta, a organização promove todo mês oficinas educativas, em parceria com o Centro Universitário São Camilo, nas quais cozinheiros e ajudantes recebem orientações sobre como reaproveitar todo alimento que está sendo doado, como armazenar, como preparar, técnicas de higiene, para que não tenha um segundo desperdício, quando chega à instituição, informa Jéssica.
São promovidos também cursos, palestras e workshops para o público em geral. A ONG recebe ainda doação de alimentos de empresas que fazem campanha internas. Como pré-requisito para receber a ajuda da ONG, a instituição precisa ter um projeto social e servir no local as refeições.