O guia do alho para a semana

Aprenda a escolher, guardar, conservar, descascar, congelar ou deixar pronto para uso caso não queira ficar com cheiro nas mãos todos os dias

Tem pratos que pedem alho. Não dá para fazer feijão sem alho, ou carne, ou batata ao forno, a lista é grande, além do que a maioria dos refogadinhos levam o tempero cujo aroma fritando no azeite é delicioso. Por isso, o MeuCardápio preparou um guia para você ter alho fresquinho sempre, dando dicas de como escolher, guardar, conservar, descascar, deixar pronto para uso para a semana toda ou congelar.

COMPRANDO

Dê preferência por comprar a cabeça de alho inteira. Os dentes soltos na banca podem indicar excesso de manipulação ou tempo demais parado.

Ao escolher, opte pelas cabeças com dentes de alho que estejam limpos, firmes, sem mofo, sem brotamentos.


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Se uma cabeça de alho parecer ‘leve’ para seu tamanho, não compre, é possível que haja dentes murchos ou podres no interior.

A casca do alho pode ser arroxeada ou avermelhada ou branca. Já no interior os dentes são sempre de cor creme bem clara, tornando-se amarelados quando velhos, ensina a Embrapa no 50 Hortaliças na Web.

GUARDANDO

O alho comum dura entre 1 e 2 meses a temperatura ambiente, em local bem arejado e sem incidência de luz (uma cesta perfurada dentro da cozinha, por exemplo, é um bom lugar).

Não é recomendável guardar dentes de alho in natura na geladeira, pois a baixa temperatura pode estimular o brotamento mais rápido.

Se um dente de alho estiver murcho ou brotar, não há riscos à saúde. Porém, ambos indicam que o alho já começou a decair em qualidade. Se um dente brotar, apenas remova o broto verde antes de usar.

DESCASCANDO

Uma técnica clássica de descascar é a de remover as pontas dos dentes de alho antes de apertá-lo entre duas superfícies planas e lisas (como comprimir o dente de alho entre uma tábua e o lado liso de uma faca) até que a parte interna e a casca rachem. Depois disso, a casca pode ser facilmente removida.

PREPARANDO PARA A SEMANA

Se tiver tempo e não se importar com o cheiro que fica na mão, o melhor é cortar o alho na hora em que for usar. Mas, para quem tem pressa, dá para deixar o alho pronto para uso e de forma fácil.

No congelador, inteiro: descasque os dentes de alho e guarde-os inteiros em sacos próprios para congelamento. Retire e descongele dentes à medida que for precisar (deixando os outros congelados), nesse processo pode haver perda de textura e sabor mas nada tão comprometedor. O alho durará cerca de 6 meses congelado.

No congelador, em purê: descasque o alho e, usando um mixer ou liquidificador ou um processador, faça um purê com: 1 parte de alho para 2 partes do óleo vegetal da sua preferência. Se tiver uma balança de cozinha, pense na proporção de 100 gramas de alho e 200 gramas de óleo. Não tendo balança, o melhor será fazer o purê e depois misturar o óleo na proporção, por exemplo, de uma colher de sopa de purê com duas colheres de óleo. Preparado o purê, transfira para um recipiente hermético e congele imediatamente. Jamais deixe a mistura a temperatura ambiente. E leve a sério a recomendação porque a falta de refrigeração dessa mistura pode gerar o crescimento das bactérias do botulismo. Congelado, esse purê se mantém macio para uso em refogados e outros preparos e dura cerca de 6 meses.

Na geladeira, picado em óleo: descasque o alho e pique em pedaços tão pequenos quanto se queira (ou passe rapidamente no processador). Coloque o alho picado em um recipiente fechado com tampa (um pote hermético de vidro, por exemplo) e cubra com o óleo vegetal da sua preferência. Um detalhe, o azeite de oliva tende a ficar visualmente menos atrativo quando refrigerado; melhor usar óleos vegetais refinados para a melhor aparência visual, ensina nosso especialista V.Volke. Preparado, leve imediatamente para a geladeira. Jamais deixe a mistura a temperatura ambiente. E leve a sério a recomendação porque a falta de refrigeração dessa mistura pode gerar o crescimento das bactérias do botulismo. O alho picado em óleo não deve passar de 4 dias em geladeira, para se evitar qualquer risco de botulismo.

Para saber: o ministério da Saúde explica que botulismo “é uma doença neuroparalítica grave, não contagiosa, causada pela ação de uma potente toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum”. Botulismo alimentar é uma das formas da doença que “ocorre por ingestão de toxinas em alimentos contaminados e que foram produzidos ou conservados de maneira inadequada”, alerta o ministério ao tratar da saúde de A a Z.

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