É uma maneira de enriquecer as refeições, com a recomendação de consumir em, no máximo, uma semana, diz especialista consultada pelo MeuCardápio
Ter legumes e verduras já cortados pode ser uma opção para facilitar o consumo de hortifrútis e enriquecer as refeições. Embora não seja o ideal, a solução é melhor do que deixar de comer frutas, verduras e legumes, que trazem grande benefício para o organismo. Para ajudar você a ter esses alimentos já picados mantendo o máximo de nutrientes, o MC ouviu a pesquisadora da Embrapa Hortaliças, Milza Moreira Lana, especialista na área de pós colheita.
Pela regra geral, a partir do momento em que o produto é colhido, o alimento começa a perder qualidade, e isso pode acontecer mais rapidamente ou mais lentamente dependendo das condições as quais é submetido. Alguns componentes de qualidade são mais estáveis depois da colheita como o teor de potássio e cálcio, que não alteram tanto. Já a vitamina C altera muito e a vitamina A mais ou menos. A casca das hortaliças é como nossa pele, está ali para protegê-las. Toda vez que o alimento é cortado, acelera o processo de deterioração.
Mas se você pegar o produto novo, fresco, cortar em condições higiênicas, colocar na geladeira em uma vasilha tampada, essa perda pode ser relativamente pequena. A temperatura baixa e a escuridão da geladeira ajudam a retardar o processo de deterioração, afirma a especialista.
PRAZO: Ela recomenda que as hortaliças cortadas sejam consumidas em, no máximo, uma semana. Milza esclarece, entretanto, que tudo depende do frescor e do manuseio desses alimentos. “Uma cenoura, por exemplo. Se plantei em casa, colhi, levei para uma cozinha limpinha, ralei em um ralo bem amolado para não machucar, coloquei imediatamente em uma vasilha tampada e levei para a geladeira, pode durar mais de uma semana. Está com tudo ótimo, o produto estava muito fresco, foi manipulado em uma condição de higiene adequada, armazenou imediatamente no frio.”
Contudo, sabemos que nem sempre isso é possível. Então aqui vão algumas dicas para verificar se o alimento continua bom para o consumo.
COR: Observe se houve alteração. Uma folha cortada que ficou levemente escurecida na borda ou uma cenoura que esbranquiçou por perda de água, podem ser consumidos. Agora se a verdura estiver muito escurecida, se observar um cheiro meio avinagrado ou de fermentação no hortifrúti ou se se formou um “caldinho” amarelado no fundo da vasilha em que está armazenado, são sinais de que já começou a apodrecer ou há contaminação, não se deve comer. É ruim, mas, o destino é o lixo.
NA GELADEIRA: Ao guardar as hortaliças o mais importante é que estejam bem acondicionadas em sacos plásticos, recipiente de plástico ou de vidro, porque o ar do refrigerador resseca o alimento.
EVITE CONTAMINAÇÃO CRUZADA: Não é aconselhável, por exemplo, colocar uma embalagem que pode sofrer algum dano, como a de uma carne crua, na prateleira de cima da que está colocada a alface. Um pingo de sangue da carne pode contaminar a verdura. A carne pode ter uma contaminação que é eliminada no cozimento, mas em uma alface que se come cru pode trazer problemas para a saúde.
Daí a importância de ter os produtos bem acondicionados. Isso evita contaminação inclusive por aqueles alimentos que possam vir com sujeira, terra e não foram lavados antes de guardar.
EM QUAL PRATELEIRA: O melhor local para guardar dentro da geladeira são as repartições especificadas pelo fabricante. Se o seu refrigerador não tiver um local definido, de forma geral o indicado é que hortaliças tipo fruto como quiabo, pepino, berinjela, jiló fiquem na parte de baixo; as folhosas podem ser armazenadas em partes mais altas, pois aguentam mais o frio. Hortifrútis já cortados, como vão estar embalados, podem se conservar por mais tempo se colocados na parte superior.