Começam a pipocar pelo Brasil apps (alicativos para celulares) anunciados como ferramentas para combater o desperdício de comida. Esses apps contra desperdício funcionam para que restaurantes, lanchonetes e outras lojas vendam o excedente de refeições do dia a preços mais camaradas que os regulares. O consumidor pode escolher o restaurante e o prato oferecido. Paga pela plataforma e recebe um voucher para retirar a refeição.
Os comércios estipulam o horário da retirada. Nenhum dos aplicativos tem serviço de delivery associado. A ideia é trabalhar com ofertas disponíveis no entorno de onde está o consumidor, de modo que ele possa ir buscar a comida a pé. Na Europa, onde nasceu a iniciativa com o Too Good for Go, algo como muito bom para jogar fora, em 2016, o horário de retirada é mais próximo da hora que o estabelecimento fecha. E, nesse caso, não é possível escolher o que comer, nem o tamanho da porção. Segue a linha do “é o que temos para hoje”.
SEM SOBRAS
Os apps foram desenvolvidos com a proposta de resolver parte de um problema sério no setor de alimentos e que gera desperdício enorme. No fim do dia, em vários restaurantes, docerias, padarias, alimentos acabam indo para o lixo, mesmo estando em boas condições, porque regras sanitárias estabelecem que não podem ser doados ou colocados para a venda no dia seguinte.
Dessa forma, para os comércios é bom porque conseguem vender o que teriam que descartar. E para o consumidor que está perto deles também é vantajoso porque conseguem um bom desconto. Geralmente, os apps cobram uma comissão sobre o valor do voucher emitido.
No Brasil, há, pelo menos, três aplicativos alinhados com esse conceito, de acordo com levantamento rápido realizado pelo portal MeuCardápio. Dois no Paraná – Saveat e Ecofood – e um em Brasília, o Foodflow.