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Gringo prefere pratos da culinária do Pará

Pesquisa do Ministério do Turismo destaca sucesso da mistura de ingredientes da cultura indígena com a influência portuguesa e africana.

Uma pesquisa do Ministério do Turismo apontou a culinária paraense como a mais bem avaliada do país no ano passado, pelos turistas estrangeiros. De acordo com o ministério, a mistura de ingredientes da cultura indígena com as influências portuguesa e africana deram à capital do estado, Belém, destaque como a mais bem avaliada quando o assunto é gastronomia. A cidade recebeu nota de 99,2%, acima da média nacional que foi de 95,4%.

Os franceses foram os principais visitantes estrangeiros de Belém, representando 34% do total. A cidade recebeu turistas de diferentes localidades como Suriname, Estados Unidos, Holanda, Argentina e Alemanha.

Além de Belém, ficaram acima da média também Belo Horizonte (98,5%), Porto Alegre (98,2%), Paraty (97,7%) e São Paulo (97,5%).

PEIXES E FRUTAS

Entre os ingredientes de destaque da culinária paraense estão: camarão, caranguejo, pato e peixes temperados com folhas e frutas nativas, que incluem açaí, bacaba, cupuaçu, castanha-do-pará, bacuri e pupunha. O cozimento nas panelas de barros ou assados em moquéns (grelhas de varas) e embebidos de tucupi (caldo amarelo extraído da mandioca) também dão o toque especial aos pratos. A do governo paraense na internet destaca pratos típicos do estado:

Pato no tucupi e jambu: Caldo amarelo extraído da mandioca, o tucupi precisa ser cozido durante uma semana. O pato, depois de assado, é cortado em pedaços e fervido no tucupi, onde fica de molho por algum tempo. O jambu é fervido em água com sal, escorrido e posto sobre o pato. É servido com arroz branco e farinha de mandioca.

Maniçoba: Do tupi Maní, deusa da mandioca. Feito em panela de barro ou de porcelana leva pelo menos uma semana para ficar pronto, pois a folha da maniva (planta da mandioca) é moída e depois cozida durante, pelo menos, quatro dias com a intenção de eliminar o ácido cianídrico que contém. Depois acrescenta-se charque, toucinho, bucho, mocotó, orelha, pé e costelas salgadas de porco, chouriço, linguiça e paio. É servido com arroz branco, farinha d’água e pimenta de cheiro a gosto.

Caruru: Feito com quiabo, camarões secos e inteiros, tempero verde (alfavaca e chicória), farinha seca bem fina e azeite de dendê. Após ferver o quiabo, o tempero verde e os camarões em água, acrescenta-se a farinha para fazer um pirão. Adiciona se o quiabo escorrido, o camarão já refogado com todos os temperos e, por último, o azeite de dendê.

Tacacá: De origem indígena, o Tacacá é um mingau quase líquido servido em cuias e vendido pelas ‘tacacazeiras’. Trata-se de uma mistura que leva tucupi, goma de tapioca cozida, jambu e camarão seco.

Chibé: Vocábulo tupi, composto de Che – eu, meu – e Ibe ou Tibe- caldo. É considerada a mais paraense de todas as comidas. Uma bebida com gosto levemente acidulado. Leva farinha de mandioca e água no preparo.

Mujica: Prato cremoso que pode ser feito de farinha de peixe conhecida como piracuí, massa de siri ou caranguejo.

GALERIA DE FOTOS(Créditos:Cristino Martins/Agência Pará)

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