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Startup brasileira desenvolve modelo matemático que permite calcular o nível de amargor da bebida, a variável mais difícil de controlar.
Uma startup brasileira desenvolveu software que ajuda a preparar cerveja artesanal. Segundo a empresa, só havia ferramentas em inglês para auxiliar no processo de fabricação artesanal da cerveja. A ferramenta criada pela Breweria envolve um modelo matemático que faz automaticamente uma série de cálculos.
Uma das variáveis calculadas é o nível de amargor, especificando a quantidade de lúpulo a utilizar. Conforme a empresa, esse seria um dos elementos mais difíceis de controlar ao longo do processo. Com o recurso, o cervejeiro consegue estimar o quanto as adições tardias de lúpulo contribuem para o amargor da bebida.
Mas o sistema da Breweria controla regula outras variáveis como cor, teor alcoólico, densidade, rendimento de mostura.
O acesso ao software funciona como serviço. Ou seja, o usuário não compra uma licença e baixa a ferramenta para o computador. É preciso acessar a plataforma da Breweria, que cobra assinatura – mensal (R$7,50) ou anual (R$75).
Ali, o usuário pode inserir a própria receita. Ou usar algumas das formulações já prontas para preparar em casa, que também podem ser adaptadas.
“Além de um editor completo de receitas, desenvolvido especialmente para o mercado nacional, o software Breweria pretende ser o elo entre cervejeiros caseiros que queiram trocar ideias, experiências e conhecimentos de forma colaborativa”, declara a empresa em comunicado à imprensa.
Se desejar, o usuário tem a opção de compartilhar a própria receita com os demais clientes da plataforma.
Dois cervejeiros idealizaram a plataforma. Andreo Pina é diretor financeiro do empreendimento. E Thiago Coutinho, que tem formação pela Instituto da Cerveja Brasil e pela universidade de Weihenstephan, na Alemanha, atua como diretor comercial.
“Optamos por utilizar uma fórmula mista, baseada na metodologia Tinseth, com modelos matemáticos integrais que preveem o decréscimo de temperatura e calculam a isomerização dos ácidos alpha’s a cada segundo”, informa Coutinho. De acordo com a Breweria, a ferramenta demandou 12 meses de desenvolvimento.