Preço da verdura sobe 52% em fevereiro

Chuvas mais intensas do que em anos anteriores provocaram altas expressivas, segundo a Ceagesp.

O índice de preços da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), que avalia 150 produtos, aumentou 5,78% em fevereiro na comparação com o mês anterior, puxado em boa parte pelo aumento expressivo nos preços da verdura, de 51,8%. As chuvas e as altas temperaturas dos meses de janeiro e fevereiro usualmente afetam os preços desses produtos, mas este ano o impacto foi maior em razão do alto índice pluviométrico, informa a companhia.

No bimestre, a alta acumulada foi de 0,95%. A expectativa é que as condições climáticas sejam mais favoráveis a partir de março, com a redução das chuvas de verão, iniciando um processo de retração de preços nas culturas mais sensíveis ao excesso de água na segunda quinzena.

FRUTAS SUBIRAM MENOS

Em fevereiro, as frutas tiveram alta média de 1,63%. As principais elevações foram da manga tommy atkins (55,7%), morango (54%), laranja pera (34,5%), mamão havaí (24,3%), manga palmer (23,8%) e melancia (20,6%).

As principais quedas foram do figo (-21,7%), maracujá azedo (-19,4%), banana nanica (-15,8%) e as uvas nacionais itália (-14,6) e benitaka (-13,7%).

LEGUMES E VERDURAS

Os preços dos legumes subiram em média 7,92%, as principais altas foram registradas nos preços da cenoura (52%), pimentão amarelo (32,7%), abobrinha italiana (25,1%), beterraba (22,2%) e pimentões verde (22,1%) e vermelho (19,8%).

As principais baixas: inhame (-22,4%), cará (-20,1%), mandioquinha (-14,7%), mandioca (-12,5%) e abóbora japonesa (-9,0%).

Entre as verduras, aumento de 51,8%, as maiores altas foram registradas nos preços do coentro (151,3%), da couve (102,5%), das alfaces (98,6%), do espinafre (95%), da escarola (89,2%), da couve-flor (79,4%) e do agrião hidropônico (65,2%).

Nenhuma verdura registrou baixa de preços.

VARIADOS

Nos diversos, alta de 4,83%, os principais aumentos foram de ovos brancos (18,2%), ovos vermelhos (14,4%) e batatas, tanto comum (10,8%) como beneficiada lisa (7,13%). As principais quedas ocorreram com o amendoim com casca (-16,8%), alho (-7,0%) e coco seco (-6,6%).

PEIXES E DERIVADOS

Os pescados tiveram elevação de 1,84%, com alguns deles ficando bem acima da média, a tainha aumentou 54,6%, a pescada (24,8%), a anchova (12%) e o atum (10,2%). Mas houve quedas expressivas nos preços do namorado (-19,1%), robalo (-15,4%), cascote (-14,7%) e abrótea (-13,5%).

VENDAS

O volume comercializado em fevereiro foi de 271.149 toneladas, redução de 0,99% em relação a igual mês de 2016, quando somou 273.880 toneladas. A Ceagesp destaca a retração na oferta de verduras da ordem de 13%. No acumulado do bimestre, foram negociadas 543.079 toneladas em 2017 contra 531.209 em 2016, acumulando alta de 2,23%.

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