Apas Show começa hoje com muitos lançamentos
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A primeira foi adquirida pela francesa Lactalis, em transação com estimativa de ser concluída no primeiro semestre de 2018, mas o processo está suspenso pela Justiça; e a segunda pelo grupo mexicano Lala
Desde 2011 no Brasil e dono de uma das principais marcas de queijo do mercado francês, a Président, o grupo Lactalis firmou acordo essa semana com a Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais Ltda (CCPR) para ficar com 100% das ações da Itambé. A negociação envolve um acordo, de longo prazo, pelo qual a união das cooperativas fornecerá o leite para a Itambé de modo preservar e permitir o crescimento das bacias leiteiras de Minas Gerais e Goiás, informa o comunicado ao mercado.
A conclusão do negócio está prevista para o primeiro semestre do ano que vem e depende do aval do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Mas menos de um mês da assinatura, o acordo foi questionado na Justiça, e a transação suspensa por ordem da 1ª Vara Empresarial e Conflitos de Arbitragem de São Paulo, informa o notíciário econômico.
A empresa francesa foi criada há 84 anos, tem operação em 85 países e 75 mil funcionários. A política de expansão da companhia ganhou força a partir de 2011, quando assumiu participação majoritária no capital da italiana Parmalat. No Brasil, a incorporação de empresas no setor começou em 2013 com a aquisição da Balkis.
No ano seguinte, comprou a divisão de produtos lácteos da BRF – união entre Perdigão e Sadia – e ficou com as marcas Batavo e Elegê. Também adquiriu ativos da LBR – Lácteos Brasil, incluindo no portfólio as marcas Poços de Caldas, DaMatta e Boa Nata.
Atualmente o grupo francês capta leite em todo Brasil, com destaque para o sul do país, região na qual conta com mais de 10 mil produtores de leite em suas bacias leiteiras no Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, informa o comunicado ao mercado.
Entre os itens fabricados pela Itambé estão leite longa vida, leite em pó, leite com sabor, leite condensado, requeijão, manteiga, petit suisse, coalhada, creme de leite, leite fermentado e doce de leite.
As negociações dos mexicanos com a CCPR envolviam também a Itambé, cuja metade do capital pertencia à Vigor, como foi anunciado no final de outubro. Nesse período, a central de cooperativas exerceu o direito de preferência e comprou as ações que eram da Vigor em operação avaliada em R$ 700 milhões. Dona integral da Itambé, vendeu a empresa para a francesa Lactalis.
De acordo com o Grupo Lala, sem a Itambé, a companhia adquiriu 99,9% das ações da Vigor por valor líquido de R$ 4,32 bilhões. Com essa operação, assumiu as marcas Vigor, Danubio, Faixa Azul, Serrabella, Leco e Amelia. O portfólio de produtos abrange iogurtes e queijos.
O Lala informa que a Vigor conta com 3,9 mil funcionários e controla três centros de coleta de leite, nove unidades de produção, 19 centros de distribuição e atende cerca de 47.000 pontos de venda, com forte presença nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A empresa faturou R$ 2,29 bilhões em 2016 e a expectativa é a receita líquida crescer para R$ 2,4 bilhões.