Número de unidades dedicadas mais do que dobrou em três anos
A quantidade de propriedades dedicadas à produção orgânica de alimentos aumentou 134% em três anos no Brasil, entre 2013 e 2016, passando de 6,47 mil para 15,7 mil unidades, de acordo com levantamento realizado pela Coordenação de Agroecologia (Coagre), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
O crescimento se deve principalmente ao interesse de agricultores familiares, que representam 75% dos listados no Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos (CNPO).
Com isso, a área de produção orgânica brasileira deverá ultrapassar este ano os 750 mil hectares registrados em 2016. De acordo com o Cadastro Nacional, o sudeste lidera entre as regiões de maior produção, com 2.729 registros e 333 mil hectares, seguido pelas regiões norte (158 mil hectares), nordeste (118,4 mil), centro-oeste (101,8 mil) e sul (37,6 mil).
Esse maior interesse entre os agricultores familiares é atribuído à busca por produtos de maior valor agregado, com o auxílio do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo).
Esse programa teve início em 2013, com o objetivo de fortalecer a produção agrícola de base agroecológica e orgânica, de forma a ampliar a oferta e o consumo desses alimentos. Trata-se de um conjunto de programas e projetos de apoio à transição agroecológica e à produção orgânica no país, que conta com o trabalho de 15 instituições públicas.
O primeiro Planapo foi concluído em 2015, a segunda edição vai até 2019 e deve incluir mais 8 mil agricultores familiares no projeto.