Avançam trabalhos para mudar a Ceagesp de endereço
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Embora nos últimos dois anos tenha aumentado a procura por pimentas bem ardidas, o consumo local ainda está longe das poderosas Carolina Reaper e Scorpion; confira o nível de ardência de cada variedade.
Não é de hoje que a pimenta agrada a muitos paladares. Um trabalho realizado pela equipe técnica da Ceagesp informa que os registros arqueológicos mostram o consumo de pimenta já pelos povos indígenas americanos desde 9.000 A.C. No Brasil, nos últimos dois anos, há uma mudança na procura, com maior interesse pelas mais ardidas, conta a proprietária da empresa Comércio de Pimenta Akira, Keila Kagohara.
A Akira está há 15 anos na Ceagesp comercializando uma gama de pimentas que supera 25 variedades no período de safra, no verão. As mais procuradas, informa Keila, são dedo de moça, malagueta, cheiro ardida, cheiro doce, bico doce e jalapenas. De acordo com a empresária, as três variedades mais ardidas são: Carolina Reaper (primeira do mundo), que é o cruzamento da Habanero com a Naga Bhut Jolokia; Scorpion (segunda) e Bhut Jolokia (terceira). Já as menos ardidas são: bico doce e cheiro doce (sem picância).
“Entre as que ardem, consideramos a dedo de moça a menos ardida”, informa Keila, acrescentando que há cerca de dois anos a busca era maior pelas pimentas de média ardência, hoje as pessoas querem sempre os extremos, ou muito forte ou fraca. Para medir a pungência da pimenta, que dá a sensação de ardor, o farmacêutico Wilbur Scoville desenvolveu uma classificação que recebeu seu sobrenome: Escala de Scoville.
É a substância denominada capsaicina a responsável pelo sabor ardido da pimenta, também por uma série de benefícios ao organismo. Existem vários estudos sobre os benefícios da capsaicina e, entre os quais, Keila lista a redução do colesterol, ação anti-inflamatória, melhoria da imunidade, além de ser procurada para emagrecimento. Mesmo considerando esses efeitos positivos, os especialistas recomendam moderação no consumo.
Para quem gosta das mais ardidas, Keila recomenda alguns cuidados no manuseio com o uso de luva e até mesmo máscara, dependendo da sensibilidade do cozinheiro, por ser um produto que queima.
Quanto à conservação, ela orienta que para o uso ‘in natura’, a pimenta deve ser mantida sob refrigeração e consumida em prazo de cinco a sete dias, depende da variedade, pois a durabilidade da pimenta fresca é variável de acordo com a qualidade e a região onde é produzida. Ela alerta, entretanto, que a escolha da pimenta para cada prato, assim como o consumo deve sempre considerar a tolerância de cada pessoa.